sábado, 23 de fevereiro de 2019

PASSARELA DRÁUSIO DA CRUZ ENCANTA O PÚBLICO MESMO COM CHUVA


Por Klinger Branco

ESCOLAS MOSTRARAM QUE  TEMPO RUIM  E ADVERSIDADE NÃO ASSUSTA  O SAMBA DA BAIXADA


Ontem nove escolas ignoraram o mau tempo e mostraram na passarela Dráusio da Cruz o melhor carnaval da Baixada Santista. Quem deixou de ir ao Sambódromo com medo do mau tempo, perdeu uma grande festa. Os desfiles começaram com um pequeno atraso, mas nada que comprometesse o espetáculo. Os grupos 1 e de acesso abriram a Passarela do Samba mostrando que não devem nada ao grupo especial, fizeram uma grande festa e a disputa este ano vai ser boa. A escola Dragões do Castelo abriu a passarela
seguida por Unidos da Baixada, Imperatriz Alvinegra, Bandeirantes do Saboó e Império da Vila. Ainda na primeira noite desfilaram as agremiações do Grupo de Acesso: Unidos da Zona Noroeste, Padre Paulo, Brasil e Mãos Entrelaçadas. E hoje a avenida vai tremer com a elite do samba santista, onde desfilarão oito escolas do Grupo Especial. Sendo elas: Mocidade Dependente do Samba, Vila Mathias, Amazonense, União Imperial (atual campeã), X-9, Unidos dos Morros, Sangue Jovem e Real Mocidade Santista. Este ano o público não respondeu muito bem a ideia da Secult de antecipar os

desfiles das escolas de samba. As arquibancadas estavam vazias, as frisas tinham pouca gente e o público não parecia muito animado com a disposição da estrutura montada para atender os foliões. Parece que o desprezo da administração pelo carnaval de rua, onde as agremiações foram marginalizadas, aliado a má assessoria da Secult, acabou refletindo diretamente na passarela. Muita gente reclamou que a antecipação da festa, que acontece uma semana antes do Carnaval oficial, atrapalha a vida de muita gente, pois a maioria trabalha para viver e não pode abandonar o serviço para brincar o carnaval.


Segundo Valdemar dos Santos, promotor de vendas, toda essa bagunça gerada pelo poder público no carnaval, vai influenciar na eleição. “Muita gente tá insatisfeita com o prefeito, antes ele era um cara que participava da festa, aqui na nossa cidade. Saia no meio das bandas, participava com a comunidade, mas de repente some, tira os foliões de bandidos e tenta acabar com o carnaval. Na próxima eleição eles vão receber o troco, as comunidades não irão esquecer”. Argumentou indignado Valdemar. Mas esse não é um pensamento isolado, apesar de não deixar claro por medo de represálias os dirigentes de agremiações também comungam da mesma ideia, e a comunidade do samba vai dar o troco, doa a quem doer. Pois tem muita gente engajada no samba insatisfeita e a Secult esqueceu que carnaval não é baderna, é Cultura Popular. Até agora a secretaria não fez nada para minimizar os danos, causados por essa indisposição, mas sabem fazer “posts” indignados na internet, quando o presidente da república encerra o Ministério da cultura, difícil entender essa gente.

----------------- VEJA AS FOTOS DA PASSARELA DRÁUSIO DA CRUZ--------------



PADRE PAULO                         GRCES BRASIL          MÃOS ENTRELAÇADAS

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