quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

BANDA SÓ AMIGOS REÚNE AS FAMILIAS DO BNH EM GRANDE FESTA


Por Klinger Branco

CRIANÇAS CONTINUAM APROVEITANDO AS NOVAS REGRAS PRA SE DIVERTIR NO CARNBANDA


A Banda Só Amigos aproveitou a noite de terça-feira (11/02), para se apresentar no Carnabanda de forma espetacular. Sem muito público, mas com muitas famílias e crianças, a agremiação mostrou que o carnaval do BNH perdeu muito em quantidade, mas ganhou em qualidade. As pessoas não estão gostando do cercadinho e da exigência de pulseirinha para entrar, por isso a maioria não apareceu para brincar. Em quase todas as bandas as pessoas reclamam da exigência de pulseiras e da restrição da comunidade ao acesso ao centro da festa. Com as novas medidas impostas pelo poder público muitas pessoas ficam de fora do evento. O morador tem a frente da sua casa fechada por uma grade e não pode tirar uma foto com os amigos, pois na maioria das vezes está do lado de fora do cercado. E o pior, não sabe explicar para os amigos e filhos, o porquê desta situação - não poderem tirar uma foto com a rainha do carnaval ou com os outros componentes da corte, ou mesmo com a coleguinha que conseguiu entrar na parte reservada. Segundo a artesã Luciana Borges, que veio participar da festa, isso não está
certo, “ a pessoa vem participar do evento, traz a família e fica do lado de fora, depois de dar um monte de explicação para gente que nem polícia é. Isso não está certo, afinal, enquanto uns ficam dentro do cercadinho se divertindo, outros como eu, ficam aqui fora como se fosse marginal, não estou entendendo mais nada. A festa não é aberta ao público. Eu pago impostos como os outros, tenho os mesmos direitos uma vez que a festa é financiada com dinheiro público, ou não é. Isso não tá direito”, desabafa Luciana. Já para Armando Barreto presidente da agremiação é uma questão de adequação, em alguns pontos o Carnabanda melhorou, mas ainda não está contemplando todas as comunidades de forma igualitária, os bairros precisam ser invadidos por cultura, respeitando sua regionalidade. E isso é uma obrigação do poder público, mas o que não pode acontecer é o cerceamento da expressão cultural de cada pedaço da cidade, a segurança deve ser aplicada e garantida no todo, respeitando o direito de cada um a diversão e cultura. O que não está acontecendo, é que alguns bairros estão sendo prejudicados por essa decisão de tornar o carnaval uma coisa homogenizada. Nosso carnaval já empolgou a multidão e deu um tom diferenciado ao Carnaval Santista, resgatando o carnaval de marchinhas e da família do BNH, a banda inovou com o abadá Axé, cantando músicas de
carnaval tradicionais, como antigamente. “ Essa iniciativa atraiu os moradores dos prédios, que se uniram à banda. Agora a maioria está reclamando do regime rigoroso imposto pela prefeitura, onde os amigos tem que ficar de fora, eu mesmo me sinto mal quando tenho que escolher para qual amigo vou dar uma pulseira, isso não deveria existir em uma festa popular”. Afirmou Armando. Para que o evento acontecesse muitas ruas foram interditadas, entre elas: Jurubatuba, rua Pirajá da Silva, rua Ernesto de Melo Jr. , rua Alexandre Fleming, rua Vergueiro Steidel e Alexandre Martins. A festa terminou por volta das 22h00, para evitar problemas com as autoridades. O bairro da Aparecida, tradicional em manter grandes bandas carnavalescas, parece ter perdido seu glamour com o novo formato, algumas agremiações por temerem acumular prejuízos irreparáveis com a nova modalidade, deixaram de se apresentar. Uma forma de também não se indispor com os amigos e com a comunidade a qual pertencem. VEJA AS FOTOS CLICANDO AQUI


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