Por Klinger Branco
CRIANÇAS CONTINUAM APROVEITANDO AS NOVAS REGRAS PRA SE DIVERTIR NO CARNBANDA
A Banda Só Amigos aproveitou a noite de terça-feira (11/02), para se
apresentar no Carnabanda de forma espetacular. Sem muito público,
mas com muitas famílias e crianças, a agremiação mostrou que o
carnaval do BNH perdeu muito em quantidade, mas ganhou em qualidade. As
pessoas não estão gostando do cercadinho e da exigência de
pulseirinha para entrar, por isso a maioria não apareceu para brincar. Em quase todas as bandas as pessoas reclamam da exigência de pulseiras e da restrição da comunidade ao acesso ao centro
da festa. Com as novas medidas impostas pelo poder público muitas pessoas ficam de fora do evento. O morador tem a frente da
sua casa fechada por uma grade e não pode tirar uma foto com os
amigos, pois na maioria das vezes está do lado de fora do cercado. E
o pior, não sabe explicar para os amigos e filhos, o porquê desta situação - não
poderem tirar uma foto com a rainha do carnaval ou com os outros
componentes da corte, ou mesmo com a coleguinha que conseguiu entrar
na parte reservada. Segundo a artesã Luciana Borges, que veio
participar da festa, isso não está
certo, “ a pessoa vem
participar do evento, traz a família e fica do lado de fora, depois
de dar um monte de explicação para gente que nem polícia é. Isso
não está certo, afinal, enquanto uns ficam dentro do cercadinho se
divertindo, outros como eu, ficam aqui fora como se fosse marginal,
não estou entendendo mais nada. A festa não é aberta ao público.
Eu pago impostos como os outros, tenho os mesmos direitos uma vez que
a festa é financiada com dinheiro público, ou não é. Isso não tá
direito”, desabafa Luciana. Já para Armando Barreto presidente da
agremiação é uma questão de adequação, em alguns pontos o
Carnabanda melhorou, mas ainda não está contemplando todas as
comunidades de forma igualitária, os bairros precisam ser invadidos
por cultura, respeitando sua regionalidade. E isso é uma obrigação
do poder público, mas o que não pode acontecer é o cerceamento da
expressão cultural de cada pedaço da cidade, a segurança deve ser
aplicada e garantida no todo, respeitando o direito de cada um a
diversão e cultura. O que não está acontecendo, é que alguns
bairros estão sendo prejudicados por essa decisão de tornar o
carnaval uma coisa homogenizada. Nosso carnaval já empolgou a
multidão e deu um tom diferenciado ao Carnaval Santista, resgatando
o carnaval de marchinhas e da família do BNH, a banda inovou com o
abadá Axé, cantando músicas de
carnaval tradicionais, como
antigamente. “ Essa iniciativa atraiu os moradores dos prédios,
que se uniram à banda. Agora a maioria está reclamando do regime
rigoroso imposto pela prefeitura, onde os amigos tem que ficar de
fora, eu mesmo me sinto mal quando tenho que escolher para qual amigo
vou dar uma pulseira, isso não deveria existir em uma festa
popular”. Afirmou Armando. Para que o evento acontecesse muitas
ruas foram interditadas, entre elas: Jurubatuba, rua Pirajá da
Silva, rua Ernesto de Melo Jr. , rua Alexandre Fleming, rua Vergueiro
Steidel e Alexandre Martins. A festa terminou por volta das 22h00,
para evitar problemas com as autoridades. O bairro da Aparecida,
tradicional em manter grandes bandas carnavalescas, parece ter
perdido seu glamour com o novo formato, algumas agremiações por
temerem acumular prejuízos irreparáveis com a nova modalidade,
deixaram de se apresentar. Uma forma de também não se indispor com
os amigos e com a comunidade a qual pertencem. VEJA AS FOTOS
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